Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Valores elevados do Cbios, créditos de carbono do setor de combustíveis contribuem para diesel e gasolina mais caros.
por Amanda Yargas
A cotação dos créditos de carbono do setor de combustíveis, conhecidos como Cbios, disparou nas últimas semana. Na segunda-feira (7), o preço médio do Cbio chegou a R$ 78,79, É o sétimo pregão com cotação acima dos R$ 70. O valor atual representa aumento de 34% em relação ao último pregão de 2021 e a quase o dobro da média anual, que foi de R$ 39.
A compra de créditos de carbono é obrigatória para as distribuidoras de combustíveis fosseis, uma forma de transferir recursos para o setor de energias renováveis, que são os vendedores dos títulos. A ideia é baratear o custo do etanol e do biodisel, incentivando o consumo.
Cada Cbio equivale à emissão de uma tonelada de carbono na atmosfera. As metas de cada distribuidora dependem do volume de combustíveis fósseis produzidos. No total a estimativa é que elas devam comprar cerca de 36 milhões de títulos em 2022.
No entanto o alto preço já no início do ano preocupa as distribuidoras, já que os valores tendem a subir no final do ano quando as empresas correm para cumprir a meta anual.
A alta deve impactar ainda mais o preço final da gasolina e do diesel. A estimativa é que com os Cbios de R$ 80, o impacto no preço dos combustíveis fique em torno de R$ 0,06 por litro, também o dobro da média de 2021.