Características do ataque em Guarapuava repetem estratégia de mega-assaltos ocorridos em cidades nos estados vizinhos ao Paraná e podem ter tido participação de criminosos de atuação nacional.
por Amanda Yargas
A situação ocorrida em Guarapuava no fim da noite deste domingo pode ter sido organizada com participação de criminosos de fora do Paraná. Durante a fuga, 6 dos oito carros usados na ação foram deixados para trás e eles tinham placas de vários estados. O comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Hudson Teixeira indicou que o tipo de abordagem realizado, com o cerco a uma cidade, ataques explosivos e com uso de pessoas como escudo é conhecido como novo cangaço e repete um padrão já visto em mega assaltos em Criciúma (SC) em novembro de 2020 e Araçatuba (SP) em setembro de 2021.
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Durante o confronto, 2 policiais foram feridos, um na perna e outro no rosto, este em estado mais grave. Um civil também teve ferimentos leves e não corre riscos. De acordo com o Secretário de Estado da Segurança Pública, coronel Rômulo Marinho Soares, todo o material abandonado pelos criminosos durante a fuga vai passar por análise da perícia.
SONORA
O Ministro da Justiça, Anderson Torres, anunciou no Twitter o envio de reforços da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal para a cidade de Guarapuava, no interior do Paraná. O ministro também pediu a colaboração do Congresso na aprovação de um Projeto de Lei de autoria da pasta que aumenta as penas associadas ao crime de Organizações Criminosas. Se aprovado, a pena máxima passaria de oito para vinte anos de reclusão.