Foram 417 mortes, sendo que 408 delas foram durante confronto com a polícia militar; entidades entregaram ao governador do Estado uma carta com sugestões para diminuição da violência policial no Paraná.
Por Fernanda Nardo
No Paraná, 417 pessoas morreram em confrontos com policiais civis e militares e guardas municipais durante o ano passado em todo o Paraná, (sendo 211 no primeiro semestre e 206 no segundo). O número indica um aumento de 9,74% em relação ao ano anterior (2020), quando ocorreram 380 mortes. Os dados foram divulgados na tarde de ontem (27) pelo Ministério Público do Paraná, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O procurador de Justiça do MP-PR e coordenador estadual do Gaeco Leonir Batist fala sobre os fatores que estão por trás da violência militar.
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Grande parte das ocorrências resultou de confrontos com policiais militares: 408, enquanto os casos envolvendo policiais civis foram dois, e os com guardas municipais somaram sete.Considerando-se apenas as mortes em confrontos com policiais militares, os dados apontam que 62,16% das mortes foram de pessoas de até 29 anos. Entre os mortos nesses confrontos, 47,7% eram pardos, 5,6% eram negros e 46,7% eram brancos. Na tarde de ontem (27), foi entregue ao governador do Estado uma carta assinada por diversas instituições, entre elas a Universidade Federal do Paraná, com sugestões para diminuição da violência policial no Paraná, como explica do reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca.
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Ainda de acordo com o levantamento Curitiba está entre as cidades do Paraná com mais mortes em confronto com as força de segurança do Estado, são 105. Seguida de 32 mortes em Londrina, no Norte, 26 em São José dos Pinhais e 15 em Piraquara, na RMC, apenas em 2021.