Baixos índices de vacinação deixam paranaenses menos protegidos e doenças consideradas erradicadas já tem casos confirmados novamente.
por Amanda Yargas
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) fez um alerta nesta quinta-feira sobre os baixos índices de vacinação contra doenças de fácil contágio, entre elas a hepatite, tuberculose, sarampo, difteria e poliomielite. O Paraná registra queda na cobertura vacinal geral, principalmente em crianças e adolescentes, nos dois últimos anos por conta da pandemia. No entanto, a tendência já está sendo registrada desde 2015 em todo o país. De acordo com o Ministério da Saúde, a cobertura vacinal considerada ideal é de no mínimo 90% para a BCG e Rotavírus e de 95% para os outros imunizantes do calendário vacinal. A vacina contra a hepatite B, aplicada logo depois do nascimento, é a que teve a menor adesão, com apenas 57,18% de cobertura no ano passado, uma diminuição pela metade, considerando como referência o ano de 2015. Já a BCG, que tinha em 2015 100% de cobertura, passou em 2021 para 77,23%. O secretário da Saúde Cesár Neves diz que a situação é preocupante e que é preciso o comprometimento dos paranaenses.
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Para a pediatra Heloísa Giamberardino, coordenadora do Centro de Vacinas Pequeno Príncipe e especialista em epidemiologia, o baixo índice também reflete uma preocupação focada apenas na covid-19, por que os riscos e sequelas desta doença são estão mais presentes no dia a dia das pessoas e as dores e perdas causadas pelas doenças que foram evitadas pela cobertura vacinal das últimas décadas ficaram esquecidas.
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Ela reforça que é um equívoco não prevenir doenças graves que podem ser evitadas com a atitude simples da vacinação.
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