Com a pandemia ouve um boom nas separações; especialista fala sobre as razões desta alta e como o as mulheres têm se colocado como protagonistas nestas definições.
Por Fernanda Nardo
Em 2021, o número de casais que oficializaram a separação bateu recorde, foram 80.573 divórcios consensuais, o maior da série histórica, que é registrada desde 2007. O levantamento feito pelo Colégio Notarial do Brasil apresenta um aumento de 40% em relação ao levantamento feito em 2020, quando esse número era de 77.509 divórcios. Um crescimento bastante expressivo. Mas não tanto quanto o que aconteceu no Reino Unido, que em 2020 um aumento de 122% em relação ao ano anterior. De acordo com a psicóloga e professora da Universidade Federal do Paraná, Lídia Weber, antes de falar sobre separação é preciso entender o amor traz questões complexas e que muitas vezes está carregada por idealizações românticas que acabam frustrando o casal.
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Segundo o escritório britânico Stewarts, enquanto, em 2019, 60% dos pedidos de divórcio partiram das mulheres, em 2020 essa porcentagem aumentou para 76%. Isso porque, segundo eles, o peso do acúmulo de trabalho profissional e cuidados parentais acaba recaindo recai na mulher, o que ajuda a explicar esse aumento na iniciativa delas. Conforme Lídia, as mudanças na estrutura familiar e o protagonismo da mulher também abriram espaço para que a decisão de separar viesse delas.
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Outro estudo da Universidade de Denver (EUA) revelou que os homens se mostram menos engajados com a felicidade conjugal em 22,8% dos casos; as mulheres, em 12,4%. De acordo com a psicóloga, é fundamental que haja disposição e engajamento para cultivar ou melhorar a relação.
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