Sinais como mudanças nos hábitos alimentares, comportamento, desempenho acadêmico e interações sociais, também foram verificados.
Informações com Fernanda Nardo
A OMS iniciou o processo de desenvolvimento de uma definição específica para crianças e adolescentes porque a Covid-19 os afeta de maneira diferente dos adultos. De acordo com a agência da ONU, crianças e adolescentes têm maior probabilidade de apresentar poucos ou nenhum sintoma, ou desenvolver doença leve após serem infectados. Mas os sintomas que eles experimentam no período pós-agudo e seu impacto podem ser diferentes. A Covid longa em crianças e adolescentes ocorre para aqueles com histórico de infecção pela doença confirmada ou provável, que apresentam sintomas com duração de pelo menos dois meses e que ocorreram inicialmente dentro de três meses após a fase aguda. As evidências atuais sugerem que os sintomas relatados com mais frequência em crianças e adolescentes com Covid longa são fadiga, olfato alterado e ansiedade. Mas outros sintomas também foram relatados. Existem sinais como mudanças nos hábitos alimentares, atividade física, comportamento, desempenho acadêmico, interações sociais e no desenvolvimento que afetam a rotina. Segundo a OMS, os sintomas podem ser novos, após a recuperação inicial de um episódio agudo de Covid-19, ou persistir desde a doença inicial. Eles também podem variar ou voltar com o tempo. Para a OMS, o uso de uma definição padronizada contribuirá para uma compreensão global de sua prevalência e permitirá estudos de pesquisa mais comparáveis.