Madeira oriunda de 60 árvores foi retida e o proprietário autuado em pelo menos R$ 30 mil pelo IAT.
Por Fernanda Nardo
O Instituto Água e Terra (IAT) impediu que uma ação de desmatamento ilegal em Tapira, no Noroeste do Estado, alcançasse proporções ainda maiores. Durante uma ronda, fiscais do órgão ambiental localizaram um terreno na zona rural da cidade e constataram a supressão de aproximadamente 60 árvores de ipê roxo. Como não havia autorização para o corte, a madeira foi retida, a área embargada e o proprietário autuado em R$ 30 mil – o cálculo será fechado após os trâmites legais. De acordo com o IAT, o proprietário é reincidente e foi autuado por ação semelhante há três anos. Conforme o IAT, o ipê é considerado uma das árvores mais visadas por madeireiros por ser bastante cobiçada no mercado internacional. É chamado por especialistas como o “novo mogno”, madeira muito explorada no Brasil nos anos 1980 e 1990 e com alto valor comercial. Justamente por causa da demanda, entrou para a lista de árvores com risco de extinção em 2002. No ano passado, foram 3.411 autos de infração emitidos pelo instituto de danos à flora em todo o Paraná, com R$ 94,8 milhões em multas. As denúncias podem ser feitas pelo telefone 181, de forma gratuita e anônima.