Agência da ONU afirma ser necessário aumentar acesso a tratamentos de alta qualidade para quem precisa; cerca de 17,5% da população adulta experimenta a dificuldade.
Por Fernanda Nardo
Conforme relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), 1 em cada 6 pessoas, no mundo, é afetada por infertilidade. O que equivale a 17,5% da população adulta. A OMS considera infertilidade, uma doença do sistema reprodutivo masculino ou feminino com base numa tentativa fracassada de engravidar durante 12 meses seguidos ou mais. De acordo com um relatório da OMS, as novas estimativas mostram uma variação limitada da prevalência de infertilidade entre as regiões. Em países de alta renda, a prevalência é de 17,8%. Já em nações de rendas baixa e média, a taxa é de 16,5%. A agência defende que todos precisam ter acesso a tratamento de fertilidade, de alta qualidade, independentemente do status social, já que milhões de pessoas têm que arcar com o preço catastrófico após buscar tratamento contra infertilidade, como reprodução assistida incluindo a fertilização in vitro, e esses tratamentos são inacessíveis a maioria da população. Conforme a OMS, pessoas afetadas pela infertilidade sofrem com ansiedade, estigma e dificuldades financeiras por causa do alto custo do tratamento. Um outro problema são danos à saúde mental e ao bem-estar desses homens e mulheres. Por esse motivo, conforme a agência, esse é um desafio global e que não pode ficar restrito à políticas de saúde e pesquisa. O estudo traz informação de 1990 a 2021. Foram identificados 12.241 casos de análises relevantes em todo o mundo. Uma triagem desses documentos levou à seleção de 133 estudos que foram incluídos na análise final do relatório.