Quatro policiais militares e um publicitário vão a júri popular pela morte do carroceiro Pedro Melo Domingos, em Londrina, no norte do Estado, em 2016. De acordo com a Polícia Militar, há suspeita é de que o crime contra o carroceiro tenha ligação com uma chacina, que ficou conhecida como “noite sangrenta” e deixou 12 mortos e 14 feridos, em Londrina, em janeiro deste ano. Os ataques ocorreram em sete locais diferentes após o assassinato de um policial militar. Segundo a denúncia do Ministério Público do Paraná, após a realização de confrontos balísticos, se descobriu que a arma encontrada ao lado do corpo da vítima, foi a mesma utilizada na série de homicídios. De acordo com a decisão da juíza Elisabeth Khater, da 1° Vara Criminal e Presidente do Tribunal do Júri, os policiais João Paulo Roesner, Thiago Morales, Jefferson de Oliveira e Julio César da Silva são acusados de matar o homem sem motivo. Já o publicitário Fábio de Lucena foi acusado de levar uma arma até o local do crime junto com outro PM, que não foi denunciado. Ainda segundo a sentença, uma ligação gravada com autorização da Justiça e apresentada pela Polícia Civil como uma das pistas, liga os policiais à série de mortes. Segundo a determinação da juíza, os réus, que chegaram a ser presos em duas oportunidades e tiveram suas prisões revogadas, respondem ao processo em liberdade e assim devem permanecer até o júri. O advogado de defesa dos acusados, Cláudio Dalledone Junior, informou que vai recorrer da sentença junto ao Tribunal de Justiça do Paraná por não concordar com a decisão.