Evento destacou como a radiodifusão continua a evoluir, abraçando novos paradigmas e redefinindo seu papel na era digital.
No último dia do 26º Congresso da Aerp (Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná), nesta quarta-feira (22), em Foz do Iguaçu, as ondas sonoras foram impulsionadas por discussões envolventes. O foco dos debates foram sobre carisma na comunicação, personalidade radiofônica, gestão contemporânea, inteligência artificial, inovação comercial e anúncios. Este evento destacou como a radiodifusão continua a evoluir, abraçando novos paradigmas e redefinindo seu papel na era digital.
A programação começou de forma especial, inovando com um painel de comunicadores, com Robson Ferry, Zico Lamour, e o diretor da Rede Massa Luiz Benite. Eles fizeram uma exploração profunda e descontraída sobre o carisma na comunicação radiofônica. Os palestrantes carismáticos compartilharam suas experiências, revelando segredos sobre como cativar audiências por meio das ondas do rádio. Eles trouxeram dicas valiosas sobre a arte de narrar histórias e transmitir emoções, destacando o poder do carisma para criar conexões duradouras com os ouvintes.
Também foi destacada a importância de valorizar os talentos dentro das emissoras e criar espaço para a construção de novas personalidades no rádio, como pontua o radialista Zico Lamour. “Muitas pessoas têm um certo dom, mas se não for lapidado não vai vingar. Por isso, é preciso que as emissoras criem oportunidades e saibam enxergar esses possíveis talentos”, afirma.
A conversa seguiu com uma abordagem sobre a construção de personalidade no rádio. Como desenvolver uma presença única que se destaca em um mar de vozes. Estudos de caso ilustraram como personalidades radiofônicas autênticas podem se tornar ícones culturais, construindo relacionamentos duradouros e lealdade do público e, inclusive, vendendo marcas e negócios, reforça Benite.
“A palestra sinalizou que o comunicador é um influencer mostrando a importância de trabalhar em equipe dentro das emissoras, trazer essa personalidade para o jogo comercial. Quem não trabalhar assim ficará para trás”, pontua o gerente comercial da Rádio Mix de Londrina, Reginaldo Carvalho.
Navegando pelas Ondas da Mudança:
A gestão contemporânea foi abordada pela especialista em gestão empresarial Deise Bautzer. Ela destacou que o contexto dinâmico dos negócios modernos, demanda um conjunto de habilidades que transcende as competências técnicas tradicionais. Conhecidas como “power skills” ou “soft skills”, essas capacidades interpessoais e emocionais são essenciais para líderes que buscam prosperar em ambientes corporativos desafiadores.
“É preciso entender que nosso maior desafio hoje está relacionado a questão comportamental, as diferenças relacionais. Por isso, é preciso refletir sobre a qualificação das pessoas que desempenham funções dentro das organizações e para que tipo de sociedade estamos preparando nossos serviços. Somos pessoas falando para pessoas”, ressaltou Deise.
A gestão contemporânea e as power skills se entrelaçam para criar líderes eficazes e adaptáveis.“Todo esse conhecimento irá agregar muito no dia a dia da nossa equipe”, disse o gerente comercial da Rádio Mais de Maringá, Vinicius Sekiyama.
Inovação: Sintonizando-se com o Futuro
O horizonte da inovação e tecnologia foi explorado durante a palestra magna do especialista em Inovação e Transformação Digital, Walter Longo. Ele destacou como as últimas tecnologias estão moldando o futuro do rádio. “A Inteligência artificial, por exemplo, pode assumir tarefas rotineiras e repetitivas, permitindo que profissionais criativos dediquem mais tempo às atividades que demandam pensamento inovador e originalidade. A IA veio para nos devolver a nossa humanidade, ou seja, a missão do ser humano é sonhar, imaginar e se jogar de maneira desconhecida”, afirma.
Os participantes também foram incentivados a abraçar a inovação como um catalisador para a evolução constante das emissoras. “O rádio tem que adquirir uma alma digital, ele tem que estabelecer diálogo, segmentar dando às pessoas o que elas gostam em momentos diferentes. É preciso que o rádio entre em todas as formas de relação com o seu cliente sem pedir licença”, acrescentou Longo.