A redução da carga horária pode ter impactos relevantes na disponibilidade de mão de obra e gera uma cadeia de contratempos para a capacidade de produção no Brasil, segundo análise do Presidente da Fiep
Por Flávia Consoli
A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) se posiciona de forma contrária à alteração da jornada de trabalho via Proposta de Emenda à Constituição (PEC), defendendo que esse tema requer um debate mais amplo sobre produtividade e as condições atuais do mercado. O presidente da Fiep, Edson Vasconcelos, alerta que reduzir a carga horária pode gerar impactos relevantes na disponibilidade de mão de obra e uma cadeia de contratempos para a capacidade de trabalho no Brasil
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Vasconcelos destaca ainda que a discussão deve incluir os altos encargos trabalhistas e o impacto de programas assistenciais, que hoje beneficiam cerca de 22% da população economicamente ativa, dificultando a contratação de mão de obra. Segundo o presidente da Federação das Indústrias, a redução da carga horária hoje poderia ser extremamente prejudicial a produtividade
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A PEC que extingue a jornada de 44 horas semanais e a escala 6×1 atingiu, ontem, dia 13, as 171 assinaturas necessárias para ser protocolada na Câmara dos Deputados, somando mais de 206 apoiadores. A está gerando polêmica e dividindo opiniões. Apesar desse avanço inicial, a PEC ainda precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), colegiado especial, plenário da Câmara e, posteriormente, pelo Senado antes de ser promulgada.