
Em quatro episódios, “Adolescência” levanta debates sobre bullying, redes sociais e saúde mental dos adolescentes
Por Flávia Consoli
A série britânica Adolescência, da Netflix, tem causado grande repercussão desde sua estreia. Sucesso de audiência em mais de 70 países, a minissérie ultrapassou 66 milhões de visualizações e tem gerado conversas importantes sobre os impactos da era digital na vida dos jovens. Dividida em quatro episódios intensos, a produção acompanha a trajetória de Jamie Miller, um adolescente que se envolve com conteúdos violentos nas redes sociais, mergulhando em temas como masculinidade tóxica, discursos de ódio e bullying. O enredo é um espelho da realidade de muitos jovens e serve como alerta para pais, educadores e toda a sociedade. Para a educadora do Colégio Marista Santa Maria, Fernanda Guedes, a série é mais do que entretenimento. Ela destaca como a produção expõe, de forma sensível e realista, questões urgentes que envolvem o universo adolescente, muitas vezes negligenciado ou mal compreendido pelos adultos
SONORA
A série também evidencia os sinais que muitas vezes passam despercebidos, como o isolamento, a evasão escolar e alterações de comportamento — reflexos do bullying e da pressão social online. Adolescência reforça a necessidade de uma atuação mais presente, empática e atenta de famílias e escolas na formação emocional e ética dos adolescentes. Uma produção que ultrapassa as telas e convida à reflexão.