
Reconhecimento como Indicação Geográfica valoriza a tradição curitibana, protege a receita original e fortalece a identidade gastronômica da capital paranaense
Por Flávia Consoli
O prato mais icônico dos botecos curitibanos agora é oficialmente protegido como patrimônio de origem. A carne de onça recebeu o registro de Indicação Geográfica (IG) do INPI na modalidade Indicação de Procedência, tornando-se o 18º produto paranaense com esse reconhecimento. A conquista foi celebrada por bares, empresários e entidades como o Sebrae/PR e a Associação dos Amigos da Onça (AAONÇA), que lideraram o processo iniciado em 2023. Hoje, mais de 200 estabelecimentos oferecem a iguaria na capital. A consultora do Sebrae/PR, Márcia Giubertoni, explica a importância da IG para valorizar e proteger o produto típico curitibano
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Já o presidente da associação, Sérgio Medeiros, comemora o reconhecimento como um marco cultural e econômico, que deve impulsionar ainda mais o setor gastronômico local
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O registro de Indicação Geográfica acontece quando o produto se torna conhecido por uma característica diferenciada, por ser produzido em determinada região ou território específico. Com o reconhecimento da carne de onça de Curitiba como Indicação Geográfica (IG), o Paraná chega à marca de 18 produtos registrados, mantendo-se como o segundo estado com mais IGs no Brasil, atrás apenas de Minas Gerais, que possui 21. A lista paranaense inclui itens tradicionais como a cachaça de Morretes, a goiaba de Carlópolis, o barreado do Litoral, a broa de centeio da capital e o café do Norte Pioneiro. Além dos registros já concedidos, o estado também conta com diversos pedidos em análise no INPI, como as tortas de Carambeí, o pão no bafo de Palmeira, os queijos do Sudoeste, o café de Mandaguari, o ginseng de Querência do Norte e até as ostras do litoral do Cabaraquara — reforçando o potencial gastronômico e cultural do Paraná no cenário nacional.