
Com registros recentes da espécie em Antonina, SPVS lança iniciativa para monitoramento, manejo e possível translocação da ave, essencial para a regeneração das florestas nativas
Por Flávia Consoli
A jacutinga, uma das aves mais ameaçadas da Mata Atlântica, é o foco de um projeto inédito conduzido pela SPVS (Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental), na Reserva Natural Guaricica, em Antonina, no litoral do Paraná. Classificada como “Em Perigo” nas listas de espécies ameaçadas, a ave é considerada um elo vital para a regeneração da floresta por dispersar sementes de grandes árvores, especialmente do palmito-juçara. O projeto da SPVS mapeia áreas prioritárias dentro da reserva — que tem mais de 8 mil hectares — e já obteve registros recentes da espécie. A proposta é avaliar a viabilidade de ações futuras, como a translocação da jacutinga, prática já utilizada com sucesso em outras regiões do país. Roberta Boss, coordenadora do projeto pela SPVS, explica que o obejtivo do projeto é analisar a espécie e aumentar a população dessa ave
SONORA
A iniciativa integra o Plano de Ação Nacional para a Conservação das Aves da Mata Atlântica (PAN), e deverá gerar dados atualizados sobre a presença da ave, orientar ações de manejo, fortalecer a proteção da área e envolver moradores locais em atividades como turismo de observação e educação ambiental. Com duração prevista de dois anos, o projeto pode abrir caminhos para a atualização do status da espécie e a replicação da metodologia em outras regiões da Grande Reserva Mata Atlântica, uma das áreas mais ricas e ameaçadas do planeta.