
Selo de Denominação de Origem reconhece a qualidade única do café produzido em seis municípios do Noroeste do Paraná; conquista deve impulsionar exportações e dobrar o valor da saca para pequenos produtores
Por Flávia Consoli
A região de Mandaguari acaba de conquistar sua Indicação Geográfica (IG) na modalidade Denominação de Origem (DO), conferida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O reconhecimento beneficia cafeicultores de seis municípios do Noroeste paranaense e marca um novo capítulo para a produção de cafés especiais no estado. A IG certifica que as características únicas do grão — aroma, sabor, acidez e tradição — estão diretamente ligadas à região de origem, fortalecendo a reputação dos produtores locais e agregando valor de mercado. A conquista foi celebrada pelos mais de 200 produtores vinculados à Associação dos Produtores de Café de Mandaguari (Cafeman). Fernando Rosseto, presidente da Cafeman, fala sobre os esforços para alcançar a qualidade máxima do produto e os benefícios econômicos e simbólicos trazidos pela certificação
SONORA
Já Luiz Carlos da Silva, consultor do Sebrae/PR, destaca a importância das IGs na valorização dos produtos locais e no fortalecimento da competitividade regional. Ele também traça um panorama das Indicações Geográficas no Brasil e no Paraná
SONORA
O trabalho para a certificação começou em 2022 com apoio do Sebrae/PR e diversas instituições parceiras, e culmina agora com a 20ª IG reconhecida no Paraná, sendo a segunda na modalidade DO (Denominação de Origem) — a primeira foi o mel de Ortigueira. Além de ampliar o reconhecimento nacional e internacional, a IG pode dobrar o valor da saca de café, criando novas oportunidades de exportação e de desenvolvimento sustentável para os pequenos produtores. O Paraná, agora, conta com 20 produtos certificados e outros 10 em processo de análise pelo INPI.