
Indígenas do Paraná pedem ao STF até R$ 300 milhões anuais em royalties da Itaipu
Inverno de 2025 no Paraná teve temperaturas mais baixas que nos últimos anos
Com Marinna Prota
Comunidades Avá-Guarani do oeste do Paraná acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo compensação financeira da Itaipu Binacional. A ação solicita o repasse anual de até R$ 300 milhões em royalties e indenização retroativa desde 1988, que pode chegar a R$ 70 bilhões. O argumento é que a construção da usina deslocou famílias, destruiu vínculos culturais e suprimiu territórios tradicionais sem qualquer reparação.
O processo envolve as terras Tekoha Guasu Guavira e Tekoha Guasu Okoy Jakutinga, e se apoia em decisão do ministro Flávio Dino que reconheceu o direito de povos afetados pela Usina de Belo Monte, no Pará, a participarem dos lucros do empreendimento. Itaipu afirmou que não comenta ações nas quais não foi citada. O Supremo ainda vai analisar o caso.
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O inverno de 2025 no Paraná, que termina nesta segunda-feira (22) com a chegada da primavera, foi marcado por temperaturas dentro ou abaixo da média em todas as regiões, segundo o Simepar. Ao todo, 59 registros ficaram abaixo de 0°C em 26 cidades. A mínima do ano foi em General Carneiro, -7,8°C em 25 de junho, mesmo dia em que Curitiba teve -0,3°C, algo que não ocorria desde 2021.
Os dias 24 e 25 de junho foram os mais frios do ano, com geada negra em algumas áreas. Junho teve máximas até 2,8°C abaixo da média em municípios do Noroeste. Já julho registrou mínimas até 3°C abaixo da média em cidades como Cerro Azul e Cornélio Procópio. Loanda teve as máximas do período, com 30,6°C em junho e 33,2°C em julho.