Estudo realizado por empresa de consultoria mostra que uso excessivo do smartphone prejudica trabalho e vida pessoal
Seja para realizar e receber telefonemas ou até mesmo efetuar transações bancárias, o celular tornou-se o melhor companheiro do homem moderno. Contudo, de acordo com estudo realizado pela Deloitte – entidade de auditoria e consultoria empresarial –, o uso excessivo dos smartphones pode prejudicar a segurança e a vida conjugal das pessoas.
Por intermédio de pesquisa virtual, a Deloitte ouviu 53 mil usuários de smartphones em 31 países. No Brasil, o estudo contou com a participação de 2.005 pessoas com idades entre 18 e 55 anos. Entre os resultados verificados no cenário brasileiro, 15% dos respondentes disseram que já atravessaram a rua mexendo no celular. O risco para a segurança do usuário vai mais longe porque 12% disseram que já dirigiram interagindo com o smartphone.
Na hora de fazer as refeições, por exemplo, 35% dos participantes brasileiros do estudo contaram que checam o telefone móvel enquanto se alimentam e 30% confirmaram que têm pelo menos uma discussão de casal por semana por causa do excesso de uso do celular.
O coordenador de rádio Giuliano Santos Biondi, de 32 anos, faz parte do grupo de pessoas que não vive sem o celular.
“Eu uso todos os dias para coisas pessoais e do trabalho. Um dia fui atravessar a rua e uma bicicleta passou perto de mim e não vi porque estava mexendo no celular. Também já bati o rosto numa placa de rua porque estava entretido com o aparelho. Nesses momentos eu paro e reflito que preciso me controlar, mas, na rotina do dia a dia, o celular sempre está comigo”, conta Biondi.
Na avaliação da psicóloga Rita Amálya Neves, o consumo de tecnologia sempre estará presente na vida das pessoas e, junto com esse comportamento, existem os fatores negativos e positivos.
“Hoje, você consegue resolver uma situação pelo WhatsApp, por exemplo, e sem necessariamente precisar sair da sua casa. Mas o usuário que gosta de tecnologia precisa ter o pé no chão para encarar a vida no modo off-line também. Usar o celular na rua pode tornar a pessoa uma vítima de criminosos. Não se desligar do aparelho também traz prejuízos para os relacionamentos pessoais. Tudo deve ser avaliado”, alerta Rita.
O estudo “Global Mobile Consumer Survey 2016” foi realizado pela Deloitte com 53.000 pessoas em 31 países. No Brasil, a pesquisa virtual ouviu 2.005 usuários de todas as regiões, com idades entre 18 e 55 anos.
Fonte: Jornal Metro / Band Minas