O 28º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, que aconteceu entre os dias 21 e 22 de agosto em Brasília, reuniu centenas de radiodifusores de todo país. Especialistas e grandes nomes do veículo debateram o atual momento do rádio, com destaque para o desempenho positivo perante a audiência e também a possibilidade de convergência com novas tecnologias. A radiodifusão do Paraná esteve presente com uma delegação de 30 participantes. Um dos destaques do evento foi a palestra com o presidente e CEO da National Association of Broadcasters (NAB), Gordon Smith. O rádio também esteve no centro dos debates com o painel “Tecnologia, programação e entretenimento a favor do rádio”, que reuniu Rogério Flausino (vocalista do Jota Quest e proprietário da Rádio Mais FM), Marco Túlio Nascimento (ZY Digital e SET), Henrique do Valle (ReelWorld) e Fernando Morgado (jornalista e consultor de radiodifusão).
Parte da delegação de radiodifusores do ParanáPara o presidente da Aerp, Alexandre Barros, o congresso da Abert debateu o grande momento vivido pelo rádio, como a convergência com novas tecnologias, sem deixar de lado as demandas importantes que ainda estão pendentes como a aprovação, pelo Senado, do projeto de lei que aumenta a potência das rádios comunitárias e possibilita a veiculação de propaganda comercial. “Estou confiante que a Abert e as associações estaduais irão conseguir fazer com que o projeto seja rejeitado na Câmara dos Deputados”, finalizou.
O rádio no centro da discussão
No painel “Rádio, uma mídia cada vez mais local e interativa. Esse é o futuro?”, Milton Jung (CBN), Nilson César (Jovem Pan) e Ricardo Boechat (BandNews FM) destacaram o momento positivo do rádio, tendo o ouvinte e o conteúdo como responsável por esse desempenho. Boechat lembrou que o rádio contou com “vários convites para o seu velório”, mas nos últimos anos o veículo ampliou a sua importância para a sociedade e também para os grupos de comunicação.
Jung também destacou o desempenho do rádio perante as varias plataformas, com a possibilidade de entrega de conteúdo em diferentes frentes. O jornalista ainda destacou a importância da atuação do rádio como um veículo local, próximo da população que ele serve, independente se a operação é de uma emissora regional ou de atuação como rede nacional.
Nilson também destacou que o assunto “morte do rádio” deveria ser algo superado, sem espaço para esse tema nos dias de hoje. O locutor esportivo lembrou que o veículo é feito de pessoas e as emissoras precisam investir nisso, com os profissionais de maior experiência auxiliando como referência para aqueles que passam a atuar no rádio.
O painel contou com a mediação de Flávio Lara Resende (Diretor Geral da Band Brasília).
Novas tecnologias
Já no painel “Tecnologia, programação e entretenimento a favor do rádio”, mediado pelo consultor Fernando Morgado, foram apresentadas as novas tecnologias que já estão disponíveis em mercados de outros países e como o rádio pode aproveitar essas novidades seu favor. Marco Túlio (ZYDigital) destacou uma série de novos dispositivos que tem mudado os hábitos de consumo nos Estados Unidos, com destaque para as caixas de som inteligentes. Túlio afirmou que essas novidades geram uma série de possibilidades para a entrega de conteúdo de rádio, mas é necessário que o meio esteja preparado para isso.
Henrique do Valle (Reel Word e Music Nation) mostrou o desempenho positivo do rádio nos Estados Unidos, seja na audiência como também em faturamento. Henrique afirma que o resultado expressivo vem a partir de pesquisas, com as estações sabendo com quem falar, como atingir esse público, como comercializar e como identificar o seu produto através de elementos sonoros (artísticos). Henrique também lembrou que os comunicadores devem dominar o conteúdo veiculado, oferecendo um algo a mais para a audiência.
Fonte: tudoradio.com