Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

Empresas precisam mudar postura para combater assédio moral no home office

Por Comunicação. Publicado em 29/04/2021 às 11:19.

O assédio moral assumiu novos formatos com o home office. E para combatê-lo é indispensável uma mudança de postura no interior das empresas.


Antes da pandemia, pelo menos 3,8 milhões de brasileiros já atuavam em home office, segundo dados do IBGE de 2018. Em 2020, o Brasil chegou a ter quase 9 milhões de pessoas trabalhando nesse modelo. Apesar do distanciamento e das mudanças na dinâmica de trabalho, o assédio moral encontrou novas formas de se fazer presente, segundo a doutora em Educação e diretora da Escola Superior de Educação da Uninter, professora Dinamara Machado.

“Quando vamos para home office o assédio continua existindo. São questões que tentamos combater com os direitos humanos há muitos anos no ambiente organizacional”, diz.  

O assédio moral se caracteriza quando um funcionário é exposto repetitivamente a situações humilhantes ou constrangedoras durante o trabalho. Algo que não necessariamente vem da chefia, e pode acontecer também entre colegas de mesmo nível hierárquico.

Tratam-se de situações de assédio moral: sobrecarregar um funcionário de tarefas, isolar o colaborador impedindo sua sociabilidade e seu crescimento na empresa, desmerecer o trabalho, espalhar rumores e vigiar excessivamente.  

Atualmente, novas estruturas organizacionais têm o objetivo de evitar este tipo de comportamento, é o caso do compliance – conjunto de ação com base em regras/políticas -, com canais de denúncia, apoio jurídico e psicológico. Além de um RH preparado para atuar diante destes desafios. Porém, a professora reforça que é preciso uma mudança de comportamento institucional.

“Ter esses itens essenciais não significa uma mudança organizacional. Para mudar uma instituição leva tempo, e isso se faz com programas de convivência, estabelecendo ética social e de relacionamento, trabalhando as lideranças e a equipe. Temos os canais legais, mas existe uma necessidade de promoção da humanização”, afirma Dinamara.  

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