Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

Especialista aguarda planejamento da faixa estendida para fevereiro

Por Equipe AERP. Publicado em 19/01/2018 às 00:00.

Em recente entrevista à Rádio Cidade, de Jundiaí, o engenheiro Eduardo Cappia, coordenador do Comitê Técnico da AESP e diretor de rádio da SET, afirmou que o MCTIC deve concluir em fevereiro o planejamento da faixa estendida em FM (76 a 88 MHz). Essa é uma demanda considerada urgente pelos radiodifusores, uma vez que essas definições permitirão às emissoras que operam em AM e aguardam a migração para o FM se preparar para ingressarem na nova faixa.

A chamada “faixa estendida” é compreendida pelos canais 5 e 6 que até então eram ocupados pelas emissoras de TV. Com o desligamento do sinal analógico em várias regiões do país, estas frequências estão sendo liberadas para serem utilizadas pelas rádios que estão migrando do AM para o FM.

Das 1781 rádios AM existentes no Brasil, 1500 solicitaram a migração para o FM, mas a faixa atual de FM (88 a 108 MHz) comporta cerca de 960 emissoras. As demais terão que esperar a liberação da faixa estendida para concluírem o processo de migração, melhorando a qualidade do sinal de transmissão e podendo ser sintonizadas por dispositivos móveis.

“Esses canais já deveriam estar planejados desde 2016. Foi-nos prometido que esse planejamento das emissoras da faixa estendida será feito ainda em fevereiro”, afirmou.

Receptores preparados

Para Cappia, é fundamental que os ouvintes sejam conscientizados sobre a importância de adquirirem aparelhos com receptores de FM estendido, sejam eles rádios domésticos, automotivos ou smartphones. Segundo o engenheiro, o interesse dos consumidores é fundamental para que os fabricantes avancem na oferta de produtos com essas características. “O interesse do ouvinte é que vai determinar (essa oferta)”, complementou.

Uma portaria interministerial assinada em setembro de 2017 (Portaria n° 68/2017) determina que os aparelhos destinados à recepção de ondas do tipo FM deverão incorporar capacidade de recepção de frequências entre 76MHz e 108MHz a partir de 1° de janeiro de 2019.

Cappia também destacou a importância de campanhas como o projeto Radiophone, iniciativa da AERP que incentiva a ativação do FM nos smartphones, que são fundamentais para conscientizar a população sobre seu direito de ter acesso à rádio FM.

Clique no link abaixo para ouvir a entrevista na íntegra:

https://www.mixcloud.com/radiocidade/processo-de-migra%C3%A7%C3%A3o-do-r%C3%A1dio-am-para-o-fm-continua/