Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

Governo autoriza migração de 244 emissoras de rádio AM para FM

Por Equipe AERP. Publicado em 10/11/2016 às 00:00.

Rádios ganham mais qualidade de sinal, poderão ser sintonizadas em celulares
e tablets e almejam um futuro ainda mais próspero

 

O ato que oficializou a migração de mais de 240 emissoras AM para a faixa FM foi realizado no Palácio do Planalto, dia 7 de novembro, data em que é celebrado o Dia do Radialista.

Ao todo, mais de 1.439 rádios AM já solicitaram ao governo migração para o FM, segundo a Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). De acordo com nota do governo, com a mudança essas rádios ganham mais qualidade de sinal e poderão ser sintonizadas em celulares e tablets, “o que garante a continuidade do serviço e a modernização das emissoras”.

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab, disse que a migração atingir 25 milhões de pessoas, que estão nas áreas de atuação das rádios, além de trazer aos seus proprietários confiança para investir e uma geração de mais de 750 mil empregos diretos e indiretos.

Atendendo a uma antiga demanda de empresários e entidades ligadas ao setor de rádio, principalmente de emissoras do interior, a migração, mesmo não sendo obrigatória, significa o fortalecimento das emissoras que operam com onda média.

De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), a faixa FM tem vantagens em relação à AM, entre as quais melhor qualidade de áudio, redução de custos de operação e manutenção e integração com aparelhos digitais, como tablets e celulares.

Após assinar o termo aditivo, Michel Temer fez um breve discurso, no qual disse que as pequenas emissoras locais de rádio ainda são extremamente relevantes para a divulgação de informações. O Presidente da República lembrou de sua infância em Tietê (SP), e contou: “Sei, por ser do interior, da relevância que tem uma emissora local para os municípios. Quando eu era menino, ouvia as grandes emissoras, mas, evidentemente, também a rádio local. Era ela que mais me informava ao longo do dia. Nós todos tínhamos uma extraordinária sedução pelas informações que vinham pelas emissoras locais”.

Segundo a Abert, o governo “dá um primeiro passo para a sobrevivência de quase 2 mil rádios AM que cobrem o território brasileiro”. De acordo com a associação, a AM vem sofrendo com interferências em suas transmissões, provocadas com o crescimento de grandes cidades. “É imperativo que se inaugure um novo tempo e esse tempo chegou”, disse Paulo Tonet de Camargo, presidente da Abert. Luiz Claudio Costa, presidente da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel) completou afirmando que a medida significa para as rádios um grande marco não só para sua sobrevivência, mas para sua expansão.

Próximos passos

De acordo com o governo federal, 1.386 das 1.781 estações AM existentes no país já aderiram à migração, o que equivale a 77% das emissoras que atuam nesta frequência. Entusiasmo, alívio e expectativa de um futuro mais próspero são alguns dos sentimentos vividos pelos radiodifusores que assinaram o termo de migração.

Passado o furor da conquista, as emissoras que migraram agora têm um novo desafio: devem apresentar um projeto técnico de instalação das novas frequências e solicitar à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) uma permissão de uso. Para migrar à faixa FM, as rádios AM vão ter que trocar seus sistemas de transmissão de sinal, o que inclui transmissores, antenas e equipamentos auxiliares. Os custos da mudança de faixa serão arcados pelas próprias emissoras e, segundo o governo, na migração para a frequência FM eles variam de R$ 8,4 mil a R$ 4,4 milhões.

Paulo Tonet Camargo, presidente da Abert, explicou que as empresas já investiram R$ 100 milhões em equipamentos para se adaptar à migração. A troca dos equipamentos é necessária porque as rádios AM funcionam em uma frequência de 525 KHz, no início do espectro, enquanto as rádios FM operam em 88 MHz.

Outra grande vantagem da migração é que, ao funcionar em FM, a rádio terá oportunidade de buscar novas verbas publicitárias.

JÁ MIGRARAM!

Confira quais rádios do Paraná já fizeram a Migração AM-FM:

RÁDIO CULTURA DE APUCARANA LTDA – Apucarana

RÁDIO EMISSORA ATALAIA LTDA – Guarapuava

RÁDIO FM NORTE PIONEIRA LTDA – Jacarezinho

RÁDIO PARANAVAI LTDA – Paranavaí

FUNDAÇÃO CULTURAL SÃO FRANCISCO DE ASSIS – Siqueira Campos

SUL PARANÁ RADIODIFUSÃO LTDA – São Mateus do Sul

RÁDIO PONTAL DE NOVA LONDRINA LTDA – Nova Londrina

RÁDIO DIFUSORA DE GUARAPUAVA LTDA – Guarapuava

FUNDAÇÃO CULTURAL NOSSA SENHORA AUXILIADORA – Colorado

RÁDIO NAJUÁ DE IRATI LTDA – Irati

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DOM PEDRO FELIPAK – Wenceslau Braz

SOCIEDADE DE RADIODIFUSÃAO PADRE EDUARDO LTDA – Terra Rica

RÁDIO CASTRO LTDA – Castro

RÁDIO DIFUSORA UNIÃO LTDA – União da Vitória

FUNDAÇÃO NOSSA SENHORA IMACULADA – Palmeira

FUNDAÇÃO NOSSA SENHORA DE BELÉM – Guarapuava

RÁDIO DIFUSORA PLATINENSE LTDA – Santo Antônio da Platina

RÁDIO ARAPOTI LTDA – Arapoti

RADIODIFUSÃO CIDADE DE PALMITAL LTDA – Palmital

RADIODIFUSÃO CIDADE DE PALMITAL LTDA – Guaíra

 

CLIQUE AQUI e veja quais são as demais rádios, do Brasil todo, que estão autorizadas para migrar.