Várias pautas foram elevadas como temas centrais do meio rádio neste primeiro semestre de 2017. E o Sistema Mosaico, lançado para atender a alta demanda dos serviços de telecomunicações durante as Olimpíadas 2016, passou a ser uma rotina das áreas técnicas das emissoras de Rádio e televisão (redes) neste primeiro semestre de 2017. E, como toda mudança de sistema, existem falhas, dúvidas na utilização e uma corrida das entidades do setor para orientar e apresentar o Mosaico para profissionais habilitados em sua utilização e aos radiodifusores. Acompanhe a situação:
Por ser um sistema complexo, bem diferente dos modelos anteriores utilizados pela Anatel, há uma dificuldade na utilização do mesmo. O Mosaico foi lançado em julho do ano passado, quando houve a necessidade de automação na liberação de licenças de uso de radiofrequência (para os jogos Olímpicos no Rio eram cerca de 30 mil pedidos, que resultaram em milhares de licenças, em virtude dos equipamentos utilizados para a cobertura do evento). E, desde então, vem sendo adaptado para a utilização da radiodifusão nacional, na tentativa de agilizar todos os processos que envolvem canais de rádio FM, AM, entre outros serviços de comunicação.
Em implantação, o sistema tem apresentado falhas pontuais, principalmente na migração de dados de sistemas anteriores. Mas há um esforço da Anatel para sanar essas dificuldades (é notável que o Mosaico está mais funcional há cada nova semana). Eduardo Cappia (EMC Solução em Telecomunicações, Diretor de Rádio na SET – Sociedade de Engenharia de Televisão e na Direção Técnica (Comitê) e membro da diretoria executiva da AESP) vê com otimismo essa situação e afirma que a transição é irreversível, além de ser necessária. O engenheiro afirma que o sistema prevê etapas que envolvem a ativa participação do MCTIC e a Anatel, sendo que a prática e o uso têm se mostrado de maneira bem interessante, ao ponto de o licenciamento de emissoras de radiodifusão terem sido concluídas em semanas de processamento, incluindo a emissão de indicativos de chamada das emissoras migrantes AM para FM.
Segundo Eduardo Cappia, o primeiro grande passo da implantação do Mosaico (há 1 ano) foi a informatização de todos os processos de radiodifusão, disponibilizados para consulta no sistema SEI da Anatel. Com o autocadastramento liberado para as emissoras através de seus profissionais técnicos habilitados, foi possível o início da implantação do Mosaico para o setor.
Cappia ainda destaca o esforço da Anatel na correção de falhas e nas adaptações para a radiodifusão com a finalidade de aprimorar o Mosaico. Ainda existem várias modificações a serem feitas, mas o cenário é otimista e de possibilidade de aceleração dos processos de radiodifusão devido a possibilidade de automação que o novo sistema possuí.
Workshops
As entidades regionais do setor de radiodifusão, em parceria com a ABERT e a Anatel, tem realizado workshops para orientar os radiodifusores e engenheiros na utilização do sistema Mosaico. Os eventos também visam coletar as dificuldades encontradas pelos profissionais, na busca do aprimoramento do mesmo. As próximas edições serão realizadas em Belo Horizonte (7), Porto Alegre (8), Salvador (15), Recife (16), Rio de Janeiro (29) e Goiânia (30), eventos marcados para agosto.
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Fonte: Tudo Rádio