Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

Os veículos tradicionais no combate à pandemia

Por Comunicação. Publicado em 18/03/2020 às 12:05.

Diante da pandemia do Covid-19 a necessidade de informação profissional é vital para ajudar a população. E o rádio, assim como a TV , as revistas e os jornais têm um papel importante de levar informação rápida e precisa a todos.

A agilidade, credibilidade e interatividade do rádio fazem dele um veículo de referência por sua capacidade de transmitir informações de forma confiável, sem depender de internet ou eletricidade. Seja pelo tradicional rádio de pilha, as smart spears, seja no rádio nos carros ou nos nossos modernos smartphones, o veículo desponta como o meio de comunicação mais presente em situações de emergência.

Em seu mais recente artigo “Notícia falsa mata“, publicado no Portal Comunique-se, o consultor e palestrante Fernando Morgado, fala sobre a importância dos veículos tradicionais no combate a desinformação. “Jornais, rádios, revistas e televisões dedicam espaço crescente à epidemia. Câmeras, gravadores e microfones estão permanentemente voltados para especialistas e autoridades. Este se trata de um trabalho hercúleo, pois, além de informar, os veículos tradicionais têm sido obrigados a desmentir muito do que se espalha pela terra sem lei da Internet”.

Morgado reforça a apuração e a instantaneidade do meio rádio. “Em muitas cidades, o rádio é o único meio através do qual as autoridades podem se comunicar ao mesmo tempo com toda a população. Além disso, as emissoras abrem espaço para notícias apuradas por profissionais e comentários dados por especialistas. Esses conteúdos esclarecerem dúvidas, acalmam ânimos e, sobretudo, acabam com mentiras que circulam, principalmente, pelas redes sociais.

Fake News                                       

Em entrevista à BBC News Brasil, Paul Slovic, especialista em percepção de risco, destacou o grande prejuízo causado pelas notícias falsas. “A propagação de notícias falsas, que chegou a ser chamado de ‘infodemia’ faz parte de um processo de ‘destruição da verdade’, que torna a sensação de risco ainda mais grave. Se não podemos confiar mais nas fontes de informação, isso é um problema gigante”, explicou.

Presidente da ONG Decision Research, especializada em estudos sobre processos de tomada de decisão e julgamento, Slovic é professor da universidade de Oregon, nos EUA, e um dos maiores pesquisadores sobre percepção de risco, saúde e política no mundo, com mais de 40 anos de experiência na área. Para o professor, a melhor forma de “vacinar” as pessoas contra reações exageradas e medo é apostar na divulgação de informações confiáveis sobre como evitar a contaminação. “É preciso ter informação para controlar o risco. Controle é um fator central na forma como as pessoas lidam com risco.”