
Em vídeo histórico, o primeiro presidente e Guardião da Aerp, Augustinho Seleski, conta detalhes da história do rádio e sua visão sobre a forma de comunicar.
Por Germano Assad
Para celebrar o Dia Mundial do Rádio, 13 de fevereiro, nada como uma bela homenagem em vida, a uma figura cuja trajetória pessoal e profissional está intrinsecamente ligada à história da radiodifusão paranaense.
“Dia 14 de janeiro de 1956, entrou no ar, com 100 watts e frequência de 1.600 kilowatts, a Rádio Colméia, em Francisco Beltrão, instalada por um grupo de empresários catarinenses e de outras partes do Paraná”, relata o primeiro presidente e Guardião Aerp, Augustinho Seleski, em depoimento gravado para vídeo comemorativo exibido pela Rede Mundo TV.
Dono de memória fotográfica, o empresário recorda que, praticamente uma década depois, estava em Pato Branco, na companhia do amigo Ivo Tomazoni, então gerente da Rádio Colméia local, quando decidiram formalizar a aquisição da concessão da emissora em Francisco Beltrão.
Demoraram mais três anos, mergulhados em burocracia e trabalhos intensos junto ao Ministério das Comunicações até conseguirem o desmembramento da Rede Colméia e formalização da Sociedade Rádio Princesa Ltda de Francisco Beltrão.
A partir do início da década de 1970, os sócios Domingos Bertaioli e Carlos Vidal da Silva venderam suas partes e o Sistema Seleski de Comunicação começou a tomar forma como grupo familiar, e se consolidou com a posterior aquisição da Rádio Cultura de Marmeleiro.
Com mais de 50 anos de rádio na bagagem, Seleski acredita que a programação eclética, que mistura música com informação, entradas e programas ao vivo, é um dos segredos que ajudaram a Rádio Princesa e a Rádio Jovem a se tornarem marcas de valor, consolidadas em suas regiões de alcance. “A finalidade da rádio é essa, divertir, entreter e informar, mantendo a população sempre consciente da situação brasileira. Sem nunca se esquecer de valorizar o contato com o povo e a identificação com a terra”.
Na ativa, o fundador e proprietário do grupo Seleski conduz um espaço dominical chamado “A Princesa e a valsa”, das 7 até 10h15, onde apresenta a loteria, fala de esportes, vinhos e lógico, do gênero musical que mais gosta e dá nome ao programa, a valsa.
Guardião da Aerp
Não satisfeito com as realizações como empresário, Augustinho também construiu um legado político e de grande representatividade para todo o setor. “Começamos a AERP aqui em Francisco Beltrão, hoje uma das melhores associações do país”.
Ele fundou e presidiu a organização por duas vezes (1975-77 / 1986-88), em um tempo em que todos os executivos que lideravam regionais eram também alçados ao posto de conselheiros da entidade mãe, a Abert. Em 2019, ele se tornou Guardião da Aerp, junto com outros grandes nomes da radiodifusão paranaense.
Confira o vídeo produzido com o Sr. Augusitnho, contando a história do próprio Grupo.