Em entrevista coletiva na sede da Polícia Rodoviária do Paraná (PRF) em Curitiba, nesta terça-feira (29/05), autoridades da segurança pública e representantes dos transportadores autônomos falaram das medidas para regularizar a circulação de veículos de cargas e garantir reabastecimento no estado.
O superintendente da PRF, Adriano Furtado, afirmou que todas as forças de segurança do Paraná estão atuando de forma integrada para garantir o equilíbrio das manifestações. “Nós temos muitos pontos (com manifestantes) no estado e já fizemos muitas ações para restabelecer o equilíbrio em pontos considerados prioritários”, apontou.
Considerando que as reivindicações que deram origem às paralisações foram atendidas, o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos, Dilmar Bueno, disse que espera o bom senso dos caminhoneiros para encerrarem as mobilizações e aponta que pessoas infiltradas ao movimento dos caminhoneiros estão dificultando a retomada da normalidade. “Entendemos que, daqui para frente, só haverá prejuízo aos caminhoneiros, de modo que a CNTA e todas as entidades sindicais de sua base, pedem a compreensão pelo fim da paralisação”, afirmou.
O secretário de segurança pública do Paraná, Julio Reis, destacou que as ações de segurança pública estão ocorrendo em diálogo com representantes da categoria e espera avanços a partir da reunião de hoje. Reis também afirmou que a Polícia Civil está atuando para investigar crimes que possam estar sendo cometidos contra caminhoneiros, como cárcere privado. “A Polícia Civil, a partir de agora, passa também a apurar eventuais movimentações de outros grupos que esteja impedindo o fim deste movimento”, apontou.
Confira as sonoras:
– Dilmar Bueno (presidente da CNTA):
– Adriano Furtado (superintendente da PRF PR):
– Julio Reis (secretário de Segurança Pública do Paraná):
Impactos no setor produtivo
Após reunião com a PRF para atualizar as informações sobre a situação das rodovias no Paraná, o presidente da FIEP, Edson Campagnolo, comentou os prejuízos do setor industrial paranaense por conta da paralisação dos caminhoneiros que já dura 9 dias. Com 50 mil indústrias paralisadas no Paraná, setor deixa de faturar R$ 400 milhões/dia. “No setor industrial, o prejuízo pode variar de R$ 2 a 3 bilhões de reais no Paraná”, afirmou.
Sonora com Edson Campagnolo: