Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

Série 60 Anos da TV no Paraná: CNT

Por Comunicação. Publicado em 30/10/2020 às 08:49. Atualizado em 06/11/2020 às 10:27.

Presidente da CNT (Central Nacional de Televisão), Flávio de Castro Martinez relembra a história da primeira rede de TV brasileira com geradora fora do eixo Rio-São Paulo, da pioneira TV Tropical, em Londrina, à formação do grupo, com aquisição da TV Tupi em Curitiba e TV Corcovado no Rio de Janeiro, até o sinal digital que consolidará a presença da rede em praticamente todo o território nacional.

Por Germano Assad


No dia 19 de dezembro de 1960, nascia em Curitiba, o Canal 6, um dos mais antigos do Brasil. O canal fazia parte dos Diários Associados, do lendário Assis Chateaubriand, e operava como afiliada da extinta TV Tupi.

Mais de uma década depois, os empresários da OM (Organização Martinez), Oscar, José Carlos e Flávio de Castro se organizaram para adquirir a emissora, que passava por dificuldades financeiras. À época da aquisição, eles já estavam à frente da TV Tropical de Londrina.

“Entramos no negócio de televisão em 72, quando adquirimos o Canal 6 da Rede Tupi. Continuando nossos caminhos, adquirimos também um canal muito importante no Rio de Janeiro, a TV Corcovado, que é o Canal 9 no Rio. Adquirimos do Sílvio Santos, quando ele foi aquinhoado com a nova rede SBT, tinha uma duplicidade de canais que não poderia ter então vendeu para nós a Corcovado, no Rio, e para o Edir Macedo, a Record de São Paulo”, relembra o atual presidente do Grupo, Flávio de Castro.

Já como TV Paraná, a antiga TV Tupi nunca parou de crescer, chegando a retransmitir programação de outras emissoras como a Bandeirantes. Mas a grande mudança aconteceu no início dos anos 90, quando o Canal 6 se transformou em rede OM e depois na CNT como é conhecida até hoje, se consolidando como a primeira rede de televisão com geradora fora do eixo Rio-São Paulo.

“O nosso grande salto foi no momento em que fundamos a Rede OM e passamos a ser uma emissora nacional. Vimos que havia possibilidade de criar mais uma rede aberta de comunicação, era um trabalho longo, mas possível. Então continuamos ampliando a rede, que se transforma em CNT”, conta Flávio.

Presente em praticamente todo o território brasileiro, o sinal da Central Nacional de Televisão hoje contempla as capitais sulistas e mais 150 municípios da região. São Paulo e 101 cidades no interior do estado. Rio de Janeiro, com 80% da população fluminense, todas as capitais nordestinas e mais 97 cidades na região além de Belo Horizonte, Vitória, Distrito Federal e demais capitais do norte e do centro-oeste do país. Com o sinal digital, mais de uma centena de cidades também passarão a receber o sinal, que atinge hoje cerca de 150 milhões de telespectadores.

A história e a expansão permanente da CNT são marcadas por um diferencial peculiar, em relação à concorrência. “Estamos cobrindo praticamente todo o Brasil com nossos sinais e com um diferencial que a rede CNT tem, já que foi a última das redes abertas que se fez. Então, ela não tem afiliados, é toda própria. Todas as demais trabalham com suas afiliadas, nós como tivemos que fazer um caminho solo, fomos  nos moldando dentro do duro negócio que é a comunicação no Brasil. É uma luta diária, que não para, para levar informação e carinho para esta população que tanto merece”.

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