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Simplificação, agilização e desburocratização serão foco de Juscelino Filho no MCom

Por Júlia Sóppa. Publicado em 02/01/2023 às 16:05.

Juscelino Filho assumiu o comando do Ministério das Comunicações (MCom) em cerimônia realizada em Brasília nesta segunda-feira (02). Em seu discurso, Juscelino indicou como pretende gerir o ministério e também quais serão os focos principais da pasta. 

por Amanda Yargas
com informações da Agência Brasil


“A simplificação, a agilização, e a desburocratização de sistemas, tarefas, atividades e processos, a solução de dependências e a otimização do uso dos fundos do nosso âmbito setorial terão de nossa parte atenção total”, declarou o novo ministro. Segundo ele, a gestão vai se basear em modelos de sucesso e em boas práticas. 

Pautas em destaque

O Ministro destacou pautas importantes da pasta, como a maximização da incorporação da tecnologia 5G, com aceleração da expansão e de acesso e a retirada dos Correios do Plano Nacional de Desestatização, determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

O ministro das Comunicações destacou ainda que será implementada uma agenda positiva, para aproveitar o legado já existente na recomposição de investimentos, no aperfeiçoamento da governança, na continuidade dos programas, na receptividade, na inovação, na disponibilidade para o atendimento das demandas dos municípios e na relação de confiança harmônica e de respeito com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) nas atividades de regulação e de fiscalização, com Telebrás e com os Correios.

Convergência política

Juscelino Filho é vice-líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, onde atualmente está em seu segundo mandato e foi reeleito para o terceiro nas eleições de outubro. O partido foi o qual lançou Jair Bolsonaro como presidente nas últimas eleições. Em 2016, votou a favor do processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT). Na Câmara, trabalhou nas últimas semanas pela aprovação da PEC da Transição, que tirou do teto de gastos recursos para viabilizar o pagamento do Bolsa Família de R$ 600, com o acréscimo de R$ 150 por criança de até 6 anos de idade, e o reajuste do salário mínimo acima da inflação. 

A indicação é vista como parte da aproximação do governo petista com partidos de outras linhas políticas para a conquista de base de apoio no Congresso. Para quem poderia recear uma divergência política entre o ministro e o presidente, Juscelino Filho já afastou a possibilidade no seu discurso de posse. “A grandiosa festa da democracia, que o mundo e o Brasil viram no dia de ontem (01) aqui em Brasília trouxe muito simbolismo e a prova e o desejo da maioria do povo. A esperança e o otimismo no futuro, a reconstrução, a união e o diálogo, a paz e a harmonia. É meu dever aqui assumir em público nessa solenidade o meu compromisso inafastável de alinhamento com o governo federal, com os interesses do nosso país, acima de tudo, e com o atendimento das demandas da nossa sociedade”, declarou.