Câmara aprova flexibilizar horário do programa A Voz do Brasil que, desde 1938, era transmitido obrigatoriamente das 19h às 20h.
Mesmo que a Medida Provisória ainda precise passar pelo Senado, foi uma grande conquista para os radiodifusores, que há muito pleiteavam esta flexibilização, fora de eventos mundiais como Copa do Mundo e Olimpíadas.
Paulo Tonet, presidente da Abert, afirmou que há 15 anos, os radiodifusores vêm trabalhando nesse pleito. “Vivemos de audiência. A flexibilização de apenas duas horas permitirá às emissoras a otimização do espaço, de forma a garantir maior audiência, inclusive para a Voz do Brasil”, ressaltou.
Atualmente, a transmissão do programa é feita de segunda a sexta, na cadeia nacional de rádio, das 19h às 20h. Pelo texto aprovado pela Câmara, as rádios poderão optar por transmitir a Voz do Brasil entre 19h e 21h.
Os radiodifusores comemoraram a conquista, afinal, o intuito não é acabar com o tradicional programa, mas sim, permitir aos ouvintes que o acompanhem em outro horário, por outra emissora.
O processo
A MP foi editada por Temer em julho para flexibilizar o horário da veiculação do programa durante a Olimpíada e a Paralimpíada do Rio. De 5 de agosto a 19 de setembro, as emissoras puderam veicular o noticiário entre 19h e 22h.
Em meio à tramitação da MP na Câmara, o deputado Nilton Leitão (PSDB-MT) apresentou na comissão mista criada para analisar o texto uma proposta para tornar permanente a flexibilização do horário veiculação da Voz do Brasil. O parlamentar tucano propôs que as emissoras comerciais e comunitárias tenham a possibilidade de veicular o programa entre 19h e 21h.
O texto tem de ser aprovado pelos senadores até 22 de novembro para não caducar.
PARCERIA
Para conseguir este momento histórico, o setor de radiodifusão brasileiro contou com o apoio de Deputados Federais do Paraná que votaram a favor da flexibilização. Foram eles: Osmar Bertoldi (DEM), Assis do Couto (PDT), Diego Garcia (PHS), Hermes Parcianello (PMDB), Osmar Serraglio (PMDB), Sergio Souza (PMDB), Dilceu Sperafico (PP),Nelson Meurer (PP), Toninho Wandscheer (PROS), Luciano Ducci (PSB), Luiz Carlos Hauly (PSDB) e Aliel Machado (REDE).