45 emissoras assinaram o termo aditivo que autoriza a mudança de frequência
Quarenta e cinco emissoras de rádio do Paraná deram um importante passo para a migração de AM para FM, na manhã desta segunda-feira (05). Em evento no Palácio Iguaçu, na capital, os radiodifusores assinaram com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) o termo aditivo que garante a mudança de faixa. A mudança é uma reivindicação dos radiodifusores de todo o país, que com o crescimento urbano vêm sofrendo com a perda de estabilidade do sinal.
Participam da solenidade, o Ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab, o Governador do Paraná, Beto Richa, o presidente da AERP, Alexandre Barros, o presidente do SERT/PR, Caique Agustini, o membro do Conselho de Administração da ABERT, Daniel Pimentel Slaviero, além dos radiodifusores e empresários do meio. Durante o evento, os proprietários das emissoras assinaram o termo aditivo que adapta as outorgas de concessão e autoriza a mudança de frequência.
O ministro Gilberto Kassab ressaltou que a migração de AM para FM irá trazer mais confiança e investimentos, que se transformarão em informação com maior qualidade. “A modernização permite, além de um som de melhor qualidade, mais segurança para que os radiodifusores possam investir mais”.
Segundo o governador Beto Richa, há bastante tempo o estado está em sintonia com os interesses da radiodifusão. Ele lembrou que o Governo Estadual disponibilizou uma linha de crédito da Fomento Paraná, no valor de R$ 10 milhões. Os recursos são da linha Banco do Empreendedor Micro e Pequenas Empresas. “Com esta linha, garantimos que todas as rádios tenham recursos para essa migração e condições financeiras de modernizar seus equipamentos”, disse o governador.
Também prestigiaram a solenidade, as seguintes autoridades: a vice governadora, Cida Borghetti; o ministro da Saúde, Ricardo Barros; o chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni; o deputado federal, Sandro Alex; o presidente do BRDE, Orlando Pessuti; o secretário de Estado da Cultura, João Luiz Fiani; o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Ademar Traiano; o vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel; o presidente da Fomento Paraná, Juraci Barbosa Sobrinho e os ex-presidentes da Aerp Paulo Pimentel (ex-governador do Paraná), Dr. João Lydio Seiler Bettega e demais autoridades.
A força do rádio
A migração para a frequência FM é uma reivindicação dos radiodifusores de todo o país. “A mudança de faixa garante mais qualidade do sinal e a possibilidade de sintonia em celulares e tablets, os quais podem gerar melhores resultados em audiência e faturamento. Além disso, reforça o nosso trabalho de valorização do meio rádio, democrático, gratuito e acessível a todos”, afirmou o presidente da AERP, Alexandre Barros.
Para o presidente do SERT/PR, Caique Agustini o meio rádio e o ouvinte irão ganhar. “A migração da faixa AM para FM revigora a força do rádio. Os ouvintes irão ganhar com mais qualidade de áudio e diversidade de conteúdo”.
Tradição com qualidade
Entre as emissoras que irão migrar está uma das mais antigas da capital. Segundo Vacir Ferreira, diretor da Fundação Rádio Goioerê, com 54 anos de história, a migração representa mais que qualidade superior de sinal. “É uma virada de página. Os ouvintes estão exigindo cada vez mais qualidade e modernidade. A migração também irá permitir que a gente possa disputar o mercado com igualdade”, afirmou.
Para Pedro Elias Furquim Pereira, da Rádio Cultura de Iporã, a migração é a realização de um grande sonho, além de maior poder de disputa no mercado. “Perdemos muito espaço comercial com as emissoras FMs, a TV e a Internet. A migração é nossa maior luz. Vamos ressurgir com muito mais qualidade e com uma nova roupagem”.
O diretor das rádios Clube de Palmas e Difusora América de Chopinzinho, Ademilson Nazario Mensor, destaca a contribuição deste processo. “A migração representa um passo significativo na aproximação das rádios com os ouvintes, com mais qualidade, sem distorções e ruídos. A perspectiva de futuro é disputar o mercado e restabelecer o rádio”.
No Brasil
Quase 1500 rádios AM, das 1781 existentes em todo país, solicitaram a migração para o FM. Nesta primeira etapa, cerca de mil emissoras poderão operar na faixa atual de FM, de 88 a 108 MHz. As demais emissoras terão que esperar concluir o processo de digitalização da TV para liberação da faixa estendida, de 76 até 108 MHz.
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