Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

Vítimas de acidentes custam até 100 mil reais ao SUS

Por Redação. Publicado em 15/05/2019 às 08:35. Atualizado em 24/05/2019 às 15:47.

No mês em que a Organização das Nações Unidas promove uma campanha para chamar a atenção para o alto índice de acidentes de trânsito no mundo, o Paraná em Rede traz um número preocupante. O Ministério da Saúde aponta que cerca de 60% dos leitos hospitalares brasileiros são ocupados por vítimas do trânsito. Em um único hospital de Curitiba, que recebe vítimas de acidentes, o valor custeado anualmente pelo SUS é de 10 milhões de reais.

Uma pisada mais forte no acelerador na estrada ou dentro da cidade. Ou ainda, ler uma mensagem no celular enquanto dirige, pode custar caro. Quando não custa a vida, o valor de um acidente de trânsito pode custar muito caro para o Sistema Único de Saúde. Em Curitiba considerando os casos mais graves, em que o paciente necessita de atendimento de emergência, cirurgias, internação na UTI, ele pode custar ao SUS até 100 mil reais.

O dado foi levantado pelo diretor geral do Hospital Universitário Cajuru, Juliano Gasparetto.

De acordo com o médico, anualmente o valor gasto com vítimas de trânsito na capital é de 10 milhões de reais.

Dados divulgados pelo Detran no início do mês mostram que 144 ciclistas morreram em acidentes de trânsito no Paraná em 2018. Em 2017, foram 98 mortes registradas, ou seja, o aumento do número deste tipo de caso foi de 47%.
E as mortes de motociclistas, nas ruas e nas estradas, aumentaram 3% em 2018.
Em Curitiba só o Hospital Universitário Cajuru, atendeu em todo o ano passado, 2.536 vítimas de acidentes com moto e 438 ciclistas. O diretor geral do Hospital, doutor Juliano Gasparetto, justifica que o número de vítimas hospitalizadas é maior que as vítimas de carros, porque os ciclistas e motociclistas não têm uma estrutura metálica que os proteja no momento do acidente.
E, apesar do número total de mortes em acidentes de trânsito no Paraná ter caído 8%, de 2.547 pessoas para 2.338, de 2017 para 2018, não há motivo para comemorar. De acordo com o doutor Juliano Gasparetto, mesmo com inúmeras campanhas de trânsito e com uma legislação mais rigorosa, os motoristas ainda não aprenderam a lição e insistem em hábitos perigosos.

Repórter Deividi Lira.