Começou na manhã de hoje, em Curitiba, o julgamento de doze policiais militares, acusados de matar cinco pessoas, em setembro de 2009. A expectativa é que esse seja o julgamento com maior duração no Paraná. Segundo os policiais militares, as mortes aconteceram durante um suposto confronto com a polícia. O carro em que as cinco pessoas estavam era roubado e teria furado uma barreira policial. De acordo com o Ministério Público, as provas contradizem a versão contada pelos policiais. Segundo o promotor Alexandre Ramalho de Farias, uma filmagem da época, mostra que os rapazes, que se renderam, saíram andando do veículo furtado, foram algemados e levados à viatura, sem nenhum ferimento. De acordo com o promotor, a execução teria acontecido a mais de 10 quilômetros do local do suposto confronto. Segundo ele, o rastreamento de algumas viaturas indicou que depois que o grupo foi colocado nas viaturas, os veículos foram primeiro até um matagal, em outro bairro da cidade, que não é caminho para o hospital. Segundo a defesa dos policiais, quando os PMs chegaram para fazer a abordagem, os suspeitos teriam atirado contra os agentes, que teriam reagido para se defender. Quando conseguiram prender os suspeitos, levaram os cinco feridos para um hospital da cidade. Os 12 policiais são acusados de homicídio triplamente qualificado, além de fraude processual por terem recolhido as cápsulas de bala que ficaram no local do crime.