A Sanepar e o Ibama, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, fecharam um acordo para resolver o problema da poluição no Rio Iguaçu, o maior do Paraná e um dos mais poluídos do Brasil. A poluição no rio virou caso de polícia e foi investigada durante cinco anos. A Operação Água Grande, da Polícia Federal (PF), deflagrada em 2012, chegou a prender sete pessoas. Quarenta funcionários da Sanepar foram indiciados por crimes ambientais. A PF e técnicos do Ibama encontraram saídas clandestinas de esgoto, das 225 estações de tratamento, 137 não seguiam padrões ambientais, e concluíram que a Sanepar não fazia o tratamento adequado da água que era despejada no Rio Iguaçu. O Ministério Público recebeu o inquérito, mas não abriu uma ação penal e concluiu que não houve dolo por parte dos funcionários. No entanto, as ações civis públicas, propostas pelo Ibama, foram aceitas e resultaram em multas ambientais, que chegaram a 138 milhões de reais. A Sanepar fez um acordo com a Justiça e se comprometeu a investir um bilhão de reais, nos próximos cinco anos, em obras de saneamento e recuperação do rio. Além disso, a Sanepar deve pagar um milhão de reais de indenização por danos morais e ambientais coletivos.