O marqueteiro João Santana e a mulher dele, Mônica Moura, afirmaram em delação premiada que comandaram campanhas de quatro candidatos fora do Brasil. Além de Nicolás Maduro, na Venezuela, eles trabalharam para candidatos à presidência do Panamá, El Salvador e Angola. Os contratos somam ao menos US$ 85 milhões. Segundo relatos do casal, todas as campanhas contaram com pagamentos não declarados, realizados por empreiteiras. Todo o dinheiro foi movimentado através de offshores, que são empresas instaladas onde não é preciso pagar impostos. Santana disse ainda que o ex-presidente Lula e o dono da Odebrecht, Emílio Odebrecht, pediam pessoalmente que ele aceitasse os trabalhos.