“Governo Federal sinalizou que vai repensar modelo proposto inicialmente, mas existe bom clima para avançar com o debate”, destacou secretário em entrevista à Rede Aerp.
Por Fernanda Nardo
O modelo de pedágio proposto pelo Governo do Paraná está em debate desde a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O programa de concessões rodoviárias do Paraná, que começou a ser planejado na gestão passada, deverá sofrer mudanças após a nova gestão federal, conforme afirmou o Secretário do Planejamento, Guto Silva, em entrevista nesta terça-feira (31) à Rede Aerp de Notícias. O modelo construído em conjunto com o antigo Ministério da Infraestrutura prevê um pacote de mais de três mil quilômetros de concessão e obras e disputa na Bolsa de Valores com o modelo híbrido, disputa livre de preço e garantia de execução dos investimentos. Por outro lado, a equipe de transição já sinalizou que estuda o ‘critério do leilão’ para baixar tarifa. Segundo o secretário, mesmo com visões diversas as tratativas com o Governo Federal avançam.
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Guto Silva se diz otimista e acredita que até o primeiro semestre deste ano, os dois primeiros lotes – trechos que ligam Curitiba aos Campos Gerais ao litoral e ao Norte Pioneiro – , possam ser leiloados.
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O Paraná está há mais de um ano sem pedágio. Com o fim dos contratos, a responsabilidade da manutenção das rodovias voltou a ser dos governos federal e estadual. No entanto, conforme um levantamento recente do setor produtivo, a condição das estradas, aliada a demora no atendimento de emergências diminuiu a velocidade média das viagens em cerca de 20%. Segundo setor, as manutenções passaram de preventivas para corretivas, ou seja, são feitas apenas quando aparece um problema. A população também presencia o atraso na execução de obras corretivas, como aconteceu no trecho da BR-277, em Morretes, que demorou dois meses para começar.