A Corregedoria da Prefeitura de Londrina, no norte do Estado, abriu um procedimento para investigar o ex-diretor de loteamentos da Secretaria de Obras, Ossamu Kaminagakura. O servidor é um dos réus na ação penal decorrente da Operação Zona Residencial 3 (ZR-3), que apura irregularidades nas mudanças de zoneamento da cidade. De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Paraná, e aceita pela Justiça na última segunda-feira, o ex-diretor é acusado de participar de uma organização criminosa e de ter praticado corrupção passiva na aprovação de loteamentos. Segundo o MP-PR, o ex-diretor, era o responsável pela aprovação de loteamentos da cidade e teria emitido pareceres para a liberação de loteamentos em troca de propina. O servidor já responde a dois procedimentos disciplinares na Corregedoria. Ambos são de 2016 e tratam da atuação dele como diretor de loteamento da Secretaria de Obras. Há ainda uma quarta investigação sobre a atuação do ex-diretor na Secretaria de Obras. Os processos disciplinares podem resultar na demissão do servidor. Segundo a prefeitura, apesar do afastamento determinado pela Justiça, Kaminagakura continua recebendo o salário, de R$ 14,2 mil. De acordo com o Procurador-Geral do município, João Luiz Esteves, se uma decisão determinar que o pagamento do servidor não deveria ter sido feito desde o momento do afastamento, a ordem será seguida com efeitos retroativos.