Uma mãe e dois filhos registraram em um cartório de Curitiba o desejo de doar os próprios corpos depois de morrer, para estudos do curso de medicina da Universidade Federal do Paraná. Segundo a UFPR, os corpos de Miris Mozzilli, de 80 anos, e dos filhos Miguel Mozzilli, de 60 anos, e Marcelo Mozzilli, de 52, vão ser usados, no futuro, nas pesquisas da disciplina de Anatomia prática com dissecação, que já esteve ameaçada de acabar por falta de cadáveres disponíveis para estudo. Segundo a professora Djanira Aparecida da Luz Veronez, do Departamento de Anatomia da UFPR, a universidade tem 24 cadáveres humanos para estudos dos cursos da área de saúde. De acordo com Djanira, o departamento recebe, em média, dois cadáveres humanos por ano. O ideal, de acordo com a professora, seriam 20 doações por semestre. Segundo ela, os corpos doados podem ser usados por até 30 anos para estudos. De acordo com a universidade, as doações de corpos humanos podem ser feitas de forma voluntária, com procuração registrada em cartório pelo doador ainda vivo ou, por familiares de pessoas falecidas que tenham manifestado o desejo de doar.