Profissionais alertam para o direito da mulher de ter um parto humanizado, com técnicas mais naturais e sem agressões físicas e psicológicas.
por Amanda Yargas
Nesta segunda-feira, uma audiência pública discutiu o tema da violência obstétrica na Assembleia Legislativa no Paraná. Este tipo de violência é caracterizado por situações de abuso psicológico e físico que ocorrem no atendimento das mulheres durante o trabalho de parto. Situações deste tipo correspondem ao maior número de denúncias recebidas pela Promotoria da Mulher na casa legislativa, representando 23% do total. O Paraná é o quarto estado do país em cesarianas desnecessárias. A presidente da Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras do Paraná, Marcele Rabelo, indica que isso é reflexo do medo do parto.
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Ela também considera que o parto não deve ser encarado como uma situação cirúrgica e que é necessária humanização durante o atendimento.
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O médico ginecologista e obstetra Orlando Silveira Barreto Neto, conta que mesmo com o avanço da área, muitos profissionais continuam a usar técnicas ultrapassadas e a submeter as mulheres a dores e riscos desnecessários.
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Além disso, ele ressalta que, no Brasil, as mulheres não podem optar por fazer a laqueadura junto à cesariana.
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A audiência pública foi iniciativa das deputadas Mabel Canto (PSC) e Cristina Silvestri (Cidadania) e do deputado Goura (PDT). Tramita na casa um projeto de lei das duas deputadas que pretende especificar na legislação estadual o que é o período pós-parto, garantindo que o direito à acompanhante se estenda até a saída da maternidade.