A Justiça de Londrina, no norte do Estado, determinou que o policial militar Danilo Alexandre Mori Azolini, acusado de fraude processual por ajudar a mudar a cena da morte de um carroceiro, em março de 2016, seja julgado pelo júri popular. De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual, quatro policiais militares mataram Pedro Melo Domingos, que passava por uma estrada rural do Distrito da Warta, sem motivo. Após a morte, os quatro policiais pediram para que Danilo e um publicitário levassem uma arma até o local do crime. A suspeita é de que o crime tenha relação com a série de assassinatos que ficou conhecida como “noite sangrenta” e deixou 12 mortos e 14 feridos. Os quatro policiais e o publicitário são investigados em outro processo. De acordo com a juíza Elisabeth Khater, da 1° Vara Criminal de Londrina, como a fraude processual supostamente cometida pelo policial tem relação com um crime de homicídio, também é competência do Tribunal do Júri. A determinação do julgamento pelo júri foi confirmada pela juíza, em 19 de março. O advogado Vinicius Borba, que defende Danilo, informou que ainda não foi intimado da decisão e que vai recorrer.