Mãe e filha de um mês estão presas na Penitenciária Feminina do Paraná, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Nesta sexta-feira, as duas passaram por exames médicos e estão bem. A prisão aconteceu depois que a mulher descumpriu as condições do regime aberto com monitoramento eletrônico. Ela deixou a tornozeleira eletrônica descarregada. A Defensoria Pública do Estado pediu à Justiça que a mulher cumprisse prisão domiciliar. O Ministério Público acatou, mas a Vara de Execução Penal de Réus ou Vítimas Femininas e de Medidas de Segurança negou o pedido. De acordo com o Conselho da Comunidade, organização que trabalha na assistência social e fiscalização de presídios, a mulher é catadora de materiais recicláveis, dependente química, analfabeta, alvo de estupro na adolescência e única responsável legal pela criança. Como o trabalho que ela exerce requer que ela fique o dia fora de casa e longe de qualquer tomada, a tornozeleira descarregava. Para o Conselho, a decisão de prender a mulher impõe prisão a recém-nascida. Agora, a Defensoria Pública do Estado deve entrar com um recurso pra tentar reverter a decisão.