O Ministério Público entrou na Justiça com um pedido contra o resultado do julgamento que inocentou 12 policiais militares acusados de matar cinco pessoas, em Curitiba. O júri popular aconteceu no começo de outubro. A decisão aconteceu seis dias depois. De acordo com o MP, um dos motivos para a decisão dos jurados foi a pressão durante o julgamento para decidirem a favor dos policiais. Segundo o MP, a pressão teria sido causada por vários colegas dos acusados que foram ao tribunal fardados, o que pode ter intimidado alguns dos jurados. As mortes aconteceram em 11 de setembro de 2009. De acordo com os policiais envolvidos, eles viram um carro roubado e começaram uma perseguição, na capital. Segundo a versão dos PMs, o carro bateu e os ocupantes teriam atirado contra os agentes. Na troca de tiros, dois dos suspeitos teriam sido baleados e os outros correram para um terreno próximo. No terreno, eles teriam atirado de novo contra os PMs que revidaram. Todos os jovens foram baleados. Na versão do Ministério Público, os jovens teriam se rendido quando desceram do carro. Segundo testemunhas, os cinco jovens teriam entrado nas viaturas sem nenhum ferimento. De acordo com as investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, o Gaeco, os cinco jovens foram levados pelos policiais até o outro bairro da cidade onde teriam sido executados. Só depois foram levados para um hospital.