Órgão de regulação do leilão de rodovias no Paraná definiu a mudança no cronograma e com isso as cancelas de pedágio devem ficar abertas e sem cobranças.
Por Marinna Prota
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) alterou mais uma vez o cronograma de concessão de rodovias no Paraná. Agora, a previsão para a assinatura de novos contratos de pedágio acontece apenas no quarto trimestre do ano que vem. Mas as atuais concessões vencem em novembro, e o Governo do Paraná prometeu abrir as cancelas até que os novos contratos sejam firmados.
Por isso, o Estado deve ficar quase um ano sem cobrar pedágios em trechos federais e estaduais.
Em abril, a ANTT adiou o cronograma de concessão previsto para o final deste ano para, deixando o resultado para o segundo semestre de 2022. Agora, o processo só deve ser concluído nos últimos três meses do próximo ano.
As mudanças têm ocorrido por conta dos desentendimentos entre a agência e o Governo do Paraná sobre o formato do edital do leilão, que possui formatos híbridos e de menor tarifa. O modelo requisitado pelo estado é o que menos onera o usuário, e tem sido uma das batalhas travadas com o Ministério da Infraestrutura, que ja abriu mão do modelo híbrido de concessão.
O projeto agora está na fase de detalhamento. O modelo aprovado pelo governo federal, com apoio do setor produtivo e da bancada paranaense no Congresso, não prevê limite de desconto em relação à tarifa. Ao mesmo tempo, prevê investimentos de R$ 42 bilhões para obras de duplicação, terceira faixa, contornos, passarelas, centros de atendimento ao usuário, entre outras. A previsão é de que a malha rodoviária do Paraná, que conta atualmente com 36% dos trechos duplicados, alcance mais de 95% nos próximos 30 anos, até o final do contrato.
3.368 quilômetros de estradas farão parte do novo contrato de concessão. 65% são rodovias federais, e 35% estaduais, divididas em seis lotes.