Durante o 3º Fórum de Desenvolvimento Econômico do Território do Oeste do Paraná, realizado em Toledo (PR), o Programa Oeste em Desenvolvimento e a Embrapa assinaram uma carta de intenções que viabilizará estudos sobre os solos das propriedades da região. E o desafio promete ser de grandes proporções.
Para ter uma ideia, somente as sete maiores cooperativas da região respondem por uma área total de 1,74 milhões de hectares a ser estudada. A agricultura familiar está presente na maior parte das propriedades locais: 76% segundo dados do Censo de Secretarias de Agricultura do Oeste do Paraná.
Avaliar como vem sendo utilizado os biofertilizantes é um dos principais objetivos do estudo. Gerados a partir da compostagem de animais ou outros dejetos, e ricos em nutrientes, estes materiais, se utilizados em excesso, podem trazer maior acidez ao solo, comprometendo dessa maneira o desenvolvimento das culturas.
O estudo é inédito e prevê o intercâmbio de conhecimentos, tecnologias e ações voltadas para a pesquisa agropecuária, em especial suínos e aves, além do desenvolvimento de cursos, programas, projetos e eventos de interesse comum.
A preocupação do Programa Oeste em Desenvolvimento com questões relacionadas ao solo não é de hoje. Em parceria com a Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação e a Itaipu Binacional, foi desenvolvido um estudo para os agricultores da região quanto ao uso correto dessa prática que proporcionou de 1960 até hoje um crescimento de 774% na produção agrícola do Paraná.