Cidades da região metropolitana de Curitiba estão entre as mais violentas do Brasil
Por Marinna Prota
De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, as cidades de Paranaguá, Almirante Tamandaré e Campo Largo estão entre as 50 mais violentas do Brasil. Além disso, o relatório aponta um crescimento nos índices de estelionato, golpes eletrônicos e violência contra a mulher na região.
Segundo o sociólogo, doutor em Ciências Sociais e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Cezar Bueno de Lima, a região de Paranaguá possui grande circulação de mercadorias e pessoas devido ao seu porto, o que contribui para este tipo de cenário.
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A classificação das cidades mais violentas é baseada na taxa de mortes intencionais registradas em 2022, considerando aquelas com mais de 100 mil habitantes. Para o professor, Almirante Tamandaré e Campo Largo, enfrentam desafios típicos das periferias das grandes cidades.
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O Paraná também registrou um aumento de quase 16% nos crimes de estelionato em apenas um ano. Os golpes eletrônicos dispararam em cerca de 200% entre 2021 e 2022. O delegado de Estelionato da Polícia Civil do Paraná (PCPR), Emmanoel David, disse que, com o aumento do uso das redes sociais, criminosos têm aproveitado para aplicar golpes.
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Além disso, o estado teve um crescimento da violência contra a mulher. O levantamento do Anuário da Segurança Pública destaca que o número de mulheres assassinadas cresceu 22,1% em um período de um ano. Esse índice é ainda mais preocupante quando se observam os casos de feminicídio, com aumento de 1,9%.
Segundo o sociólogo, a sociedade brasileira e as instituições, refletem um machismo estrutural, o que exige uma urgente mudança cultural. Para ele, é necessário investir em uma educação que promova e defenda os direitos das mulheres.
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Leandre Dal Ponte, secretária de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, reforçou um compromisso do Paraná em implementar políticas públicas e recursos para combater a violência contra a mulher e reduzir o número de casos de feminicídio.
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A secretária enfatizou que a luta contra a violência não é apenas uma responsabilidade das mulheres, mas sim de toda a sociedade.