Durante evento cultural online em Maringá, artistas negros foram ofendidos por meio de postagens. Prática é crime e pode render até 5 anos de prisão para o ofensores.
A pandemia fez com que os eventos culturais migrassem para a internet. O que significa que além de espectadores, os participantes têm a chance de se comunicar com os artistas. Além da troca de ideia e experiência, a internet, infelizmente, é também lugar de ofensas, muitas vezes criminosas, quando se trata de racismo, por exemplo.
E um caso que chamou a atenção em todo Paraná nesta semana aconteceu em Maringá, durante o Festival Afro-brasileiro de Maringá, promovido pela Secretaria de Cultura da cidade. Ao final das apresentações online, os artistas Mestre Raiz e Liberta Maré, da Associação de Capoeira Mandinga-Ê, receberam ataques racistas que foram postados nos comentários da plataforma que transmitia o evento.
A advogada, doutora em Direito. Professora da pós-graduação de Direito Penal e Processo Penal da Academia Brasileira de Direito Constitucional, Clara Maria Roman Borges, afirma que esse tipo de ataque é crime e deve ser investigado, os autores identificados.
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A advogada explica que os crimes praticados pela internet têm as mesmas consequências daqueles que acontecem presencialmente. Para garantir a investigação, é necessário reunir provas e saber onde denunciar.
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O secretário de cultura de Maringá, Victor Simião, acompanhou os artistas até a delegacia, onde registraram um Boletim de Ocorrência. Ele afirma que casos como esse ocorrido em Maringá precisam ser denunciados e evidenciados.
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Repórter Juliana Sartori