Os supermercados de Curitiba ficaram fechados neste domingo, conforme o novo decreto da Prefeitura para conter o avanço do coronavírus. Mas nesta segunda-feira, a Associação Paranaense dos Supermercados (Apras) se posicionou contra a medida dizendo que ela tem inclusive efeitos contrários. Acompanhe a polêmica na reportagem de Amanda
Yargas.
Foto: Divulgação Apras
Com o fim do decreto estadual, a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba publicou na semana passada um novo decreto com normas revisadas para prevenção da transmissão da Covid-19 na capital. A ideia é promover uma espécie de quarentena aos domingos e com isso até mesmo serviços considerados essenciais como os mercados estão proibidos de abrir neste dia. Segundo a secretária de Saúde da cidade, Márcia Huçulak, as pessoas estariam confundindo o propósito destes estabelecimentos com os shoppings e indo passear nos supermercados durante o fim de semana. Mas nesta segunda-feira, após o primeiro domingo de fechamento, a Associação Paranaense dos Supermercados (Apras) se posicionou contra a medida.
Para o superintendente da Associação, Valmor Rovaris a decisão não apenas não ajuda a resolver o problema, como também piora o risco de contágio.
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Segundo o superintendente, a Apras orientou desde o início da pandemia os supermercados a adotarem medidas contra o novo coronavírus, que garantem a segurança de funcionários e clientes.
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Apesar da posição contrária, a Apras não recorreu à Justiça contra a decisão. As Redes Condor e Angeloni entraram com liminar para funcionarem também aos domingos, mas os pedidos foram negados.
Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde esclareceu que a avaliação das medidas de combate ao novo coronavírus na cidade é permanente e baseada em critérios epidemiológicos. Segundo o orgão, o decreto 940/2020 foi elaborado para permitir o equilíbrio entre o funcionamento da cidade e os cuidados necessários com a pandemia. Mas a Secretaria lembrou que a efetividade das ações, depende da colaboração de todos.
Repórter Amanda Yargas