Só em agosto, mais de 32 mil focos de incêndio foram identificados por satélites em território brasileiro
Por Flávia Consoli
O aumento significativo das queimadas na Amazônia e no Pantanal tem gerado grande preocupação nos últimos dias, especialmente devido ao impacto negativo na qualidade do ar em várias regiões do Brasil. Imagens capturadas por agências espaciais indicam que pelo menos 10 estados brasileiros, de norte a sul, estão enfrentando problemas relacionados à poluição causada pelos incêndios florestais. O pneumologista Ricardo Alves, que também é professor do curso de Medicina da Universidade Positivo (UP), explica como a inalação de vários tipos de partículas pode afetar a saúde de forma preocupante
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A exposição à fumaça é particularmente perigosa para crianças, idosos e pessoas com comorbidades, como hipertensão e diabetes. Indivíduos com alergias e problemas respiratórios, como asma e bronquite crônica, também estão em maior risco. Segundo o especialista, apesar do uso de máscaras ser recomendado como medida preventiva, ainda não existem evidências científicas de que elas possam oferecer proteção total contra a inalação de partículas nocivas
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Dados do Programa “Queimadas”, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) , mostram que, só em agosto, mais de 32 mil focos de incêndio foram identificados por satélites em território brasileiro. A fumaça gerada por esses incêndios contém partículas finas, como sulfatos, nitratos, amônia, cloreto de sódio, fuligem e minerais, que podem se acumular no sistema respiratório