Desde que o vírus foi reintroduzido no país foram contabilizados 40 mil casos e 40 mortes pela doença.
Informações com Fernanda Nardo
O Brasil se viu livre do sarampo em 2016, mas o descuido com a vacinação fez a doença voltar. A Fundação das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgaram um alerta mundial sobre o aumento da circulação desse vírus. O sarampo não tem tratamento e pode matar. Por ser uma infecção altamente transmissível pelo ar, a meta de imunização de 95%. Só que o Brasil não chegou ainda nem nos 75%, e há estados com menos de 60% de cobertura. Segundo o Unicef, regiões com menos de 71% de pessoas vacinadas têm o risco de surto aumentado. Ainda de acordo com a fundação, desde que o vírus foi reintroduzido por aqui, foram contabilizados 40 mil casos e 40 mortes. A única forma de brecar essa escalada da doença é melhorando os índices de vacinação. Uma pesquisa mostra um dos motivos da baixa adesão à vacinação no país. O estudo feito pelo Unicef antes do coronavírus, entre 2019 e 2020, identificou a baixa percepção da gravidade das doenças. Como não convivemos mais com essas infecções justamente por causa das vacinas, fica um falso sentimento de segurança. O estudo da Unicef também destaca um possível medo dos efeitos colaterais da vacina. No entanto, especialistas garantem não se vacinar é muito mais perigoso do que eventuais efeitos colaterais.