
O presidente Jair Bolsonaro determinou que policiais rodoviários não usem mais radares móveis nas rodovias federais do Brasil. A suspensão foi publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira e começa a valer a partir de segunda-feira.
Foto: Divulgação PRF
De janeiro de 2018 a junho de 2019, 6 milhões 339 mil e 500 motoristas foram multados por excesso de velocidade pela Polícia Rodoviária Federal em rodovias de todo o Brasil.
No Paraná entre janeiro e junho de 2019, as equipes da PRF flagraram 130 mil e 677 veículos acima da velocidade máxima permitida. Essas multas foram aplicadas por meio de radares móveis.
A determinação do presidente Jair Bolsonaro em suspender o uso dos equipamentos nas rodovias federais foi publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira e começa a valer a partir desta segunda-feira. Segundo a decisão, o uso de radares estáticos, móveis e portáteis, fica suspenso até que o Ministério da Infraestrutura “conclua a reavaliação da regulamentação dos procedimentos de fiscalização eletrônica de velocidade”.
De acordo com o documento, a medida tem por objetivo “evitar o desvirtuamento do caráter pedagógico e a utilização meramente arrecadatória dos instrumentos e equipamentos medidores de velocidade”.
A medida não vale para radares fixos e medidores de velocidade, que servem de alerta para os motoristas.
Para Mauro Gil, especialista em trânsito e vice-presidente do Observatório de Segurança Viária, a suspensão do uso dos radares móveis pode fazer com que os motoristas não respeitem o limite de velocidade da via, causando acidentes.
Na avaliação do especialista, o decreto presidencial traz um retrocesso para a educação no trânsito.
Em nota a Polícia Rodoviária Federal informou que determinou a todos os policiais que recolham os radares móveis até que o Ministério da Infraestrutura conclua a reavaliação da regulamentação.
Repórter Deividi Lira