
Mesmo com os progressos, o casamento precoce segue sendo uma realidade no país; esse tipo de união tem impacto direto no futuro de muitas meninas, destaca especialista.
Por Fernanda Nardo
O país registrou 17 mil casamentos de meninas com até 17 anos em 2022, ou seja, 1,8% do total dos matrimônios brasileiros naquele ano. Isso representa uma queda de 65,1% em relação a 2011, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, mesmo com os progressos, o casamento precoce segue sendo uma realidade no país e esse cenário destaca a necessidade urgente de medidas adicionais. Conforme a advogada e pós-doutora em democracia e direitos humanos, Melina Fachin, o casamento precoce tem impacto direto no futuro dessas meninas.
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A pesquisa revela também que o nascimento de bebês filhos de mães com idade entre 10 e 19 anos reduziu 30,8% de 2018 para 2022, passando de 456,1 mil para 315,6 mil no período. A gravidez na adolescência muitas vezes é causa ou consequência de uma união precoce. As adolescentes casadas podem engravidar cedo, sem considerar plenamente os desafios físicos, emocionais e financeiros associados à maternidade precoce, pontua a especialista.
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