A juíza que cuida do caso do jogador Daniel Correia Freitas decidiu adiar os interrogatórios dos réus acusados pela morte do atleta. Com a decisão, eles serão ouvidos só no início de setembro. O repórter Deividi Lira esteve nesta terça-feira no Fórum de São José dos Pinhais e conta o porquê dessa suspensão.
Os depoimentos desta fase de audiências começaram às 9h no Fórum de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O primeiro a ser interrogado foi o delegado Roberto Fernandes, do centro de triagem. Ele desmentiu notícias de que Edison Brittes teria sido agredido na prisão. A segunda testemunha foi uma amiga de Allana Brittes e a terceira, o técnico Guinter Gois, da loja de assistência técnica para onde Cristiana Brittes levou o celular dias depois do crime. Foi após este depoimento que a audiência mudou de rumo. O advogado que representa a família Brittes, Cláudio Dalledone quer saber quem foi o responsável por vazar fotos de Cristiana que estariam no aparelho e foram divulgadas em um programa de TV. A juíza Luciani Regina Martins de Paula determinou então que o repórter do programa fosse intimado para comparecer à audiência, mas ele não foi encontrado pelo oficial de Justiça. Por isso a magistrada decidiu suspender os interrogatórios dos réus, que iriam até esta quinta-feira, para os dias 04, 05 e 06 de setembro.
O assistente de acusação, advogado que representa a família do jogador Daniel Correia Freitas, Nilton Ribeiro, disse que a testemunha em questão é desnecessária para o processo, mas que a decisão da juíza em suspender as audiências foi acertada.
O advogado dos Brittes, Cláudio Dalledone, garantiu que depois de conseguir a liberdade da jovem Allana no Supremo Tribunal de Justiça, em Brasília, agora vai pedir ao Judiciário a liberdade da cliente Cristiana Brittes.
O advogado de defesa dos réus David Vollero e Ygor King, Rodrigo Faucz, disse que respeita a decisão da Justiça em suspender os interrogatórios e afirmou que vai pedir a liberdade provisória dos jovens por atraso do caso.
O jogador Daniel foi morto em 27 de outubro de 2018 depois de uma festa na casa da família Brittes, em São José dos Pinhais, após a comemoração do aniversário de 18 anos de Allana numa casa de shows em Curitiba.
Permanecem presos o assassino confesso Edison Brittes Júnior, a esposa Cristiana Brittes e os jovens David Volero, Ygor King e Eduardo Henrique Ribeiro. Evelyn Brisola Perusso responde o crime em liberdade.
E na semana passada Allana Brittes, teve o pedido de habeas corpus aceito pelo STJ e também está em liberdade.
Repórter Deividi Lira